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Mãe é suspeita de deixar bebê em estado de desnutrição severa; imagens são fortes

Mulher deu entrada em hospital dizendo que o filho estava com dificuldade para mamar por conta de uma gripe. Bebê continua internado sob responsabilidade do pa...

Mãe é suspeita de deixar bebê em estado de desnutrição severa; imagens são fortes
Mãe é suspeita de deixar bebê em estado de desnutrição severa; imagens são fortes (Foto: Reprodução)

Mulher deu entrada em hospital dizendo que o filho estava com dificuldade para mamar por conta de uma gripe. Bebê continua internado sob responsabilidade do pai e da avó paterna. Bebê de pouco mais de 1 mês com desnutrição severa, em Águas Lindas de Goiás Reprodução/Polícia Civil Uma mulher é investigada por tentar matar o filho, de pouco mais de 1 mês, após deixá-lo chegar a um estado avançado de desnutrição, em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, ela foi presa quando o caso foi denunciado, em setembro, mas já está em liberdade. As imagens que mostram o estado do neném são fortes. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp O advogado da mãe, Ilvan Silva Barbosa, informou ao g1 que está verificando, se na data do ocorrido, a mãe estava com a sua saúde mental prejudicada, em razão do estado de puerpério. "Iremos declinar no processo no sentido de que seja verificada a sanidade mental da genitora. Iremos provar a ausência de dolo especifíco, tendo em vista que a investigada não tinha a intencão de praticar aquela conduta", informou o advogado. Segundo a polícia, a mulher já teve outra filha que também foi vítima de maus-tratos. Ela perdeu a guarda e a criança foi adotada, em 2023. Sobre isso, a polícia explicou que não pode dar mais detalhes. O caso chegou ao conhecimento da polícia por volta do meio-dia, em 19 de setembro. No boletim de ocorrência, os policiais militares narram que foram chamados ao Hospital Municipal Bom Jesus depois que o bebê deu entrada com desnutrição severa. A equipe médica desconfiou que o bebê sofria maus-tratos, dada a gravidade de seu estado de saúde. No prontuário médico, ao qual o g1 teve acesso, os médicos escreveram que ele pesava 2,3 kg, estava com dificuldade de respirar, com queda capilar, ferimentos ao redor da boca, ausência de lágrimas e dificuldade para chorar. O peso ideal de um bebê de um mês pode variar entre 3,8 e 5,0 kg para meninos. LEIA TAMBÉM: Quase 3 anos de internação e 9 cirurgias: entenda os desafios do tratamento domiciliar de menina que nasceu com intestino para fora da barriga Peso ideal seria 6kg: Pais de criança achada com grave desnutrição têm bebê de 2 meses que pesa menos de 2 kg IMAGENS FORTES: Pacientes entre 14 e 96 anos são resgatados desnutridos e com ferimentos pelo corpo em clínica clandestina de Goiás Os policiais militares afirmam que, ao abordarem a mãe, ela agiu com desinteresse e confusão, mas explicou que procurou o hospital por recomendação de um agente de saúde, que visitou a casa dela. Segundo a mulher, o filho só se alimentava de leite materno, mas há cerca de um mês daquela data não estava conseguindo mamar direito por conta de uma gripe. Por conta da gravidade do estado de saúde do bebê, que corria alto risco de vida, a mãe foi levada pelos policiais militares à delegacia e o Conselho Tutelar foi chamado. À Polícia Civil, na quarta-feira (9), os conselheiros informaram que o bebê continua internado no Hospital de Santa Maria, no Distrito Federal, sob responsabilidade do pai e da avó paterna. Prisão Bebê de pouco mais de 1 mês com desnutrição severa, em Águas Lindas de Goiás Reprodução/Polícia Civil Na delegacia, ainda no dia 19 de setembro, a mulher foi presa e indiciada por tentativa de homicídio na modalidade de dolo por omissão. “Ela é a mãe da criança, tem um dever legal de cuidado e deixou que isso acontecesse, que chegasse a esse estado. Algo realmente horrível, que chocou até a nossa equipe”, disse a delegada do caso, Tamires Teixeira. A delegada explicou que ainda faz buscas para entender de maneira mais aprofundada o que verdadeiramente aconteceu para que o bebê chegasse a um estado de saúde tão delicado. A Secretaria Municipal de Saúde de Águas Lindas de Goiás explicou ao g1 que no dia 19 de setembro, às 11h44, recebeu o bebê no box de emergência. Na época, ele tinha 1 mês e 26 dias de vida e estava em estado grave, com sinais evidentes de desnutrição severa. "Diante da gravidade do quadro, a equipe de emergência atuou de forma imediata, iniciando hidratação com soro e buscando estabilizar o paciente dentro das possibilidades clínicas disponíveis", informou a pasta. Segundo a SMS, a mãe do menino permaneceu fora da sala vermelha, acompanhando o procedimento, até a chegada da Polícia Militar de Goiás, que fez questionamentos sobre o estado da criança e, posteriormente, conduziu a mãe à delegacia. "Cerca de seis horas após a admissão, o pai da criança compareceu ao hospital, acusando a mãe de negligência nos cuidados com o bebê", informou a secretaria. Segundo a SMS, o pai relatou que, após uma gripe, o bebê não conseguiu mais se alimentar no peito, e ao tentar alimentá-lo com leite misturado a gengibre, acabaram por provocar ferimentos na boca dele. Avó materna não é suspeita A delegada também reforçou que a avó materna da criança, pessoa conhecida na cidade de Águas Lindas de Goiás, até onde se sabe, não tem nada a ver com a situação. “É importante que a população saiba disso e que não tome nenhuma atitude agressiva contra ela, nem mesmo contra a mãe da criança, pois a situação já está sendo apurada pela delegacia e peço que a população deixe a cargo da polícia e do Poder Judiciário”, pediu a delegada. Audiência de custódia A mãe do bebê passou por audiência de custódia em 21 de setembro. Na ocasião, a juíza Adriana Caldas Santos entendeu que a mulher não precisava ficar presa de forma preventiva. Para a magistrada, o caso precisa ser melhor investigado. “Em que pese a gravidade do delito, o dolo na conduta da autuada deverá ser melhor apurado em sede de instrução processual”, justificou. Apesar de voltar à liberdade, a Justiça determinou que a mulher cumpra as seguintes medidas cautelares: Comparecimento em juízo até o dia dez de cada mês; Apresentar comprovante de endereço e não mudar do local informado sem prévia comunicação ao juízo; Não se ausentar por mais de 15 dias de sua residência sem prévia comunicação ao juízo sobre o local onde poderá ser encontrada; Não praticar nova infração penal dolosa 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás